ARREUNÍ
Por Marcos Almeida
No último sábado, dia 16 desse mês seco de agosto, ano da
graça 2025, em Pocinhos do Rio Verde/MG, fui impactado por um turbilhão de
emoções e até agora estou tentando internalizar e amplificar o significado de
uma nova palavra que aprendi: arreuní!
Viva, Viva!
Os instrumentos, aparentemente tradicionais, foram gestados
por mãos artesanais. Um som, ao mesmo tempo cativante e único, mesmo para os
meus ouvidos porcamente treinados para tal. As vozes se encontravam em harmonia,
mesmo em um ambiente aberto. Um tradutor de Libras, Lucas, se não me falha a
memória, impunha ainda mais emoção em cada palavra e frase cantada. Cada nota
disparada fazia com que corações e mentes também executassem as melodias de
forma a se regenerarem. Tudo era espalhado entre o frio da sombra e o calor do
sol, encantando a emoção de cada ser.
A gente boa que se “arreunia” para ver os enfeites do palco improvisado, se abraçava e se acarinhava, matando a saudade de uns e fazendo novas amizades.
“Quem é casa e caminho, e começo e chegada, e semente e
colheita, e renasce onde acaba!” Esse é um trecho que consegui anotar da música
O Arabesco, de autoria de João Arruda, Fernando Guimarães e, pelo que entendi,
em conjunto com outros amigos da Rosa dos Ventos do saudoso Professor Carlos
Brandão. Além da melodia envolvente, a alegria de entoar para a gente que gosta
de se encontrar e se deliciar com palavras e sonhos que jamais cairão no
esquecimento, principalmente por seus autores e inspiradores, daqui e de lá!...
Sem ser um fim dessa minha escrita, gostaria de registrar
que a minha maior alegria, talvez, seja continuar procurando, como missão de
vida, o significado mais amplo do que é ARREUNÍ!
Ah...
Pra quem não pode “si
ARREUNÍ cum nóis onti”, João Arruda e seus amigos cantadores, violeiros(as)
e musicistas estarão no Balneário de Pocinhos do Rio Verde, sempre às 10h30 da
manhã, nos seguintes dias:
21 de setembro
19 de outubro
02 de novembro de 2025!
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