Um dia de aula e a minha metamorfose
  Por Marcos Almeida   Saí da minha casa, rua Ferreira Nascimento esquina com a travessa pedra branca, por volta das 6h45, em uma manhã fria do inverno rigoroso de 1978 em Caldas. Vi meu vizinho, amigo e colega de sala, Telmo, que coincidentemente, assina Eduardo como segundo nome, da mesma forma que eu. Sem qualquer combinado, seguimos rumo ao Colégio Estadual Vicente Landi Junior, cuja distância um tanto longa, deveria ser percorrida em 15 minutos. Sabíamos que tanto o Seu Zé Lemes como o Seu Didi eram exigentes quanto ao horário de fechamento do portão. Então, acelerávamos o passo também como forma de aquecimento, enquanto observávamos a geada que cobria os telhados e os carros esquecidos pela avenida Santa Cruz. Vez ou outra, conversávamos assuntos como futebol ou alguma tarefa escolar pendente a ser entregue, para dona Maria Eugênia, professora de geografia ou para dona Ismênia do Dr. Lázaro, de ciências.   Entramos para a primeira aula e a nossa professora de português e lite...
 
 
 
